Sistema Fosfogênico
O sistema fosfogênico trabalha à partir da quebra da molécula ATP. Esta molécula ATP chega a armazenar 7300 calorias por mol, sendo liberadas em 2 etapas. A primeira seria a transformação de ATP em ADP (adenosinamonofosfato). O sistema fosfogênico pode liberar energia para o músculo rapidamente em 3 segundos. Este sistema é muito utilizado por alunos de wushu (iniciantes), que tenham a necessidade de realizar seqüências básicas de wushu, de 4 a 6 movimentos, com maior velocidade e potência possível; menciona Casarino (2004).
Este sistema só pode ser utilizado junto com o sistema de liberação de energia da fosfocreatina. O fosfato de creatina possue um conjunto de fosfato de alta energia, tendo 10300 calorias por mol, permitindo a reconstituição de ATP, e assim, prolongando o período de utilização da força máxima em até 10 segundos de duração, tempo suficiente para a realização de seqüências curtas de movimento, de 10 a 15, também na máxima velocidade e potência, aplicadas em séries básicas de wushu, como por exemplo: tsu he, menciona Casarino (2004).
Desta forma, conclui-se que o sistema fosfogênico é utilizado em situações de grandes esforços musculares de curta duração e de potência máxima, afirma Casarino (2004).
Sistema glicogênico e ácido láctico
Este sistema se inicia quando o glicogênio é armazenado no músculo e se transforma em glicose através do processo de glicólise e finalmente se transforma em 2 mol de ATP. Sem parar, o processo continua com a intervenção do ácido pirúvico, que em conjunto com as mitocôndrias das células musculares e o oxigênio obtido, cria mais células de ATP; Casarino (2004).
Quando ocorre a falta de oxigênio, uma parte do ácido pirúvico se transforma em ácido láctico, o mesmo se acumula nas fibras musculares após sessões de treinamentos intensos, onde existe uma exigência ininterrupta do músculo por mais de 10 segundos, assim, o ácido láctico é eliminado no sangue. Uma alta produção de ácido láctico irá promover uma dor muscular e fadiga intensa por vários dias; (Casarino, 2004).
Sendo assim, o sistema energético glicogênico láctico pode proporcionar cerca de 1,6 minutos de atividade muscular máxima, que somados aos 10 segundos do sistema fosfogênico, superam o tempo necessário para a execução de uma rotina compulsória de wushu executada a máxima potência e com duração entre 1,2 à 1,5 minutos, cita Casarino (2004).
Sistema Aeróbio
O terceiro sistema energético utilizado pelos músculos é o sistema aeróbio. Este sistema tem a capacidade de gerar energia por tempo ilimitado ou até quando durar os nutrientes básicos do corpo, como as proteínas, aminoácidos, ácidos graxos e glicose, que são capazes de regenerar as moléculas de ATP.
Este sistema não é utilizado durante a execução das rotinas compulsórias de wushu, pois o mesmo é utilizado por atividades de longa duração, como os maratonistas, nadadores, ciclistas, etc. Os praticantes de wushu utilizam o sistema aeróbio para estimular os outros sistemas, e também como forma de eliminar o ácido láctico que fica acumulado nas fibras musculares após a realização de exercícios físicos intensos, cita Casarino (2004).
Alexandre Bento é Professor de Educação Física, Faixa Preta em kung Fu e com mais de 10 títulos nacionais como técnico na modalidade.
Com mais de 30 anos de experiência em treinamento de atletas de Kung Fu de Alto rendimento, Alexandre Bento trás toda a sua expertise para seus treinamento personalizados, fazendo com que seus alunos atinjam seus objetivos de forma eficiente e segura.
Dentre seus principais projetos, está o treinamento físico do dublê profissional Gutemberg Lins, que participa de grandes produções do cinema nacional.