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Obesidade: O que é, sintomas, causas e tratamentos

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A obesidade é um problema de saúde pública crescente em todo o mundo, afetando pessoas de todas as idades e classes sociais. No Brasil, a situação é especialmente preocupante, com altos índices de obesidade mórbida, obesidade infantil e outras formas de sobrepeso. Essa condição é resultado de diversos fatores, como uma dieta inadequada, falta de atividade física e outros hábitos prejudiciais à saúde. A seguir, exploraremos mais detalhadamente essas questões e os desafios enfrentados na luta contra a obesidade no país.

O que é obesidade?

A obesidade é uma condição caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, que pode prejudicar a saúde e aumentar o risco de diversas doenças crônicas, como diabetes, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, entre outras.

A obesidade é geralmente definida por meio do índice de massa corporal (IMC), que é calculado a partir da relação entre o peso e a altura da pessoa. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um IMC igual ou superior a 30 indica obesidade. Já a obesidade mórbida é uma forma mais grave da doença, caracterizada por um IMC igual ou superior a 40.

Quais são as causas da obesidade?

A obesidade pode ter várias causas, incluindo fatores genéticos, comportamentais, ambientais e psicológicos. Abaixo estão algumas das principais causas da obesidade:

Consumo excessivo de calorias:

Consumir mais calorias do que o corpo necessita leva ao acúmulo de gordura no corpo e pode levar ao aumento do peso.

Falta de atividade física:

A falta de atividade física pode fazer com que o corpo armazene mais gordura e reduza a massa muscular, o que pode diminuir o metabolismo e levar ao aumento de peso.

Genética:

Algumas pessoas podem ter uma predisposição genética para a obesidade.

Fatores ambientais:

Ambientes que não promovem atividade física, como a falta de parques, ciclovias e calçadas seguras, podem contribuir para a obesidade. Além disso, alimentos processados, ricos em gorduras e açúcares, podem ser mais acessíveis e econômicos do que alimentos saudáveis, como frutas, verduras e legumes.

Distúrbios médicos:

Algumas condições médicas, como hipotireoidismo, síndrome de Cushing e hipertensão arterial, podem levar ao ganho de peso.

Fatores psicológicos:

Fatores psicológicos, como estresse, ansiedade e depressão, podem afetar o comportamento alimentar e levar a hábitos alimentares pouco saudáveis, como comer em excesso.

Medicamentos:

Alguns medicamentos, como antidepressivos, anticonvulsivantes e corticosteroides, podem levar ao ganho de peso.

Fatores sociais:

Pressões sociais, como a falta de tempo para cozinhar refeições saudáveis, podem contribuir para a obesidade. Além disso, estereótipos e discriminação relacionados ao peso podem afetar a autoestima e levar a comportamentos pouco saudáveis.

Obesidade é uma doença?

Sim, a obesidade é uma doença crônica que pode ter um impacto significativo na saúde e bem-estar de uma pessoa, incluindo problemas de mobilidade, menor capacidade de realizar atividades diárias e baixa estima.

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Classificação da obesidade (Em graus)

A obesidade é classificada em diferentes graus, com base no índice de massa corporal (IMC), que é uma medida que relaciona a altura e o peso de uma pessoa.

Os graus de obesidade são:

Obesidade grau 1:

o IMC está entre 30 e 34,9 kg/m². Nesse grau, o excesso de peso pode levar a um aumento do risco de doenças crônicas, como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e hipertensão.

Obesidade grau 2:

o IMC está entre 35 e 39,9 kg/m². Nesse grau, o risco de doenças crônicas é significativamente aumentado, juntamente com um impacto maior na qualidade de vida, problemas de mobilidade e aumento do risco de complicações cirúrgicas.

Obesidade grau 3, também conhecida como obesidade mórbida:

o IMC está acima de 40 kg/m². Nesse grau, o risco de doenças crônicas é extremamente elevado, juntamente com um impacto significativo na qualidade de vida, incluindo problemas de mobilidade e autoestima reduzida. A obesidade mórbida também pode levar a complicações graves de saúde, como apneia do sono, doenças hepáticas, câncer, e dificuldade de locomoção.

É importante notar que a classificação da obesidade baseada no IMC é limitada e pode não refletir a composição corporal individual de uma pessoa. Por exemplo, pessoas com muita massa muscular, como atletas, podem ter um IMC alto, mas não serem obesas. Além disso, outras medidas de saúde, como circunferência da cintura, podem ser usadas em conjunto com o IMC para avaliar o risco de doenças relacionadas à obesidade.

Quais os sintomas da obesidade?

A obesidade em si não apresenta sintomas específicos, mas é um fator de risco para uma série de condições médicas que podem ter sintomas associados. Algumas das condições relacionadas à obesidade e seus sintomas incluem:

  1. Diabetes tipo 2: sede excessiva, micção frequente, fadiga, visão turva e perda de peso inexplicada.
  2. Doenças cardiovasculares: dor no peito, falta de ar, palpitações e tonturas.
  3. Hipertensão arterial: dor de cabeça, tontura, fadiga e visão turva.
  4. Apneia do sono: ronco alto, interrupções na respiração durante o sono, sonolência diurna e dores de cabeça matinais.
  5. Doença hepática gordurosa não alcoólica: fadiga, dor abdominal, perda de peso inexplicada e icterícia (coloração amarelada da pele e olhos).
  6. Osteoartrite: dor nas articulações, rigidez e inchaço.
  7. Distúrbios psicológicos: baixa autoestima, isolamento social, depressão e ansiedade.

Além disso, a obesidade pode levar a uma variedade de outros sintomas, como falta de ar, fadiga, sudorese excessiva e dificuldade em realizar atividades físicas e diárias. É importante notar que a gravidade dos sintomas pode variar de pessoa para pessoa e dependerá do grau de obesidade e das condições médicas associadas.

Quais os tratamentos para obesidade?

Existem vários tratamentos disponíveis para a obesidade, e a escolha dependerá do grau de obesidade, presença de condições médicas associadas, preferências pessoais e outras considerações. Os principais tratamentos para a obesidade incluem:

  1. Mudanças no estilo de vida: As mudanças no estilo de vida incluem alterações na dieta, atividade física e hábitos comportamentais, como redução da ingestão calórica, aumento da atividade física e mudanças no padrão de sono. O objetivo é reduzir gradualmente o peso e manter um estilo de vida saudável a longo prazo. Esse tratamento é geralmente o primeiro passo na abordagem da obesidade e pode ser eficaz em casos leves a moderados.
  2. Medicamentos: Existem medicamentos que podem ser prescritos para ajudar a perder peso, incluindo inibidores de apetite, medicamentos que reduzem a absorção de gordura e medicamentos que aumentam a sensação de saciedade. Esses medicamentos são geralmente prescritos para pessoas com obesidade grau 2 ou grau 3 e são usados em conjunto com mudanças no estilo de vida.
  3. Cirurgia bariátrica: A cirurgia bariátrica é uma opção para pessoas com obesidade grau 3 que não conseguem perder peso com mudanças no estilo de vida ou medicamentos. Existem vários tipos de cirurgias bariátricas, como banda gástrica ajustável, gastrectomia vertical e bypass gástrico. Essas cirurgias reduzem a capacidade do estômago e/ou mudam o caminho que o alimento percorre pelo trato digestivo, o que leva a uma redução significativa de peso.

As diferenças entre esses tratamentos estão principalmente na sua eficácia e nos seus efeitos colaterais. Mudanças no estilo de vida são geralmente seguras e sustentáveis, mas podem ser menos eficazes em casos de obesidade grave. Medicamentos podem ser eficazes em alguns casos, mas também podem ter efeitos colaterais indesejáveis, como pressão alta, problemas gastrointestinais e efeitos psicológicos.

A cirurgia bariátrica é a opção mais eficaz em termos de perda de peso, mas também tem o maior risco de complicações e requer um compromisso significativo com mudanças no estilo de vida pós-operatórias. É importante consultar um médico ou profissional de saúde qualificado para determinar qual opção de tratamento é a mais adequada para cada caso.

10 dicas para prevenir a obesidade

  1. Mantenha uma dieta saudável: Coma uma variedade de alimentos saudáveis, como frutas, vegetais, proteínas magras e grãos integrais. Evite alimentos processados e com alto teor de açúcar e gordura.
  2. Beba água: Mantenha-se hidratado bebendo bastante água em vez de bebidas açucaradas.
  3. Faça atividade física regularmente: Tente praticar pelo menos 30 minutos de atividade física moderada todos os dias. Isso pode incluir caminhada, corrida, ciclismo ou natação.
  4. Evite o sedentarismo: Reduza o tempo sentado e encontre maneiras de se movimentar mais no seu dia-a-dia, como subir escadas em vez de usar o elevador.
  5. Durma o suficiente: A falta de sono pode afetar os hormônios que controlam a fome e a saciedade, o que pode levar a excessos alimentares.
  6. Gerencie o estresse: O estresse crônico pode aumentar a produção de cortisol, um hormônio que pode levar ao acúmulo de gordura no corpo.
  7. Limite a ingestão de álcool: O álcool é rico em calorias e pode contribuir para o ganho de peso.
  8. Estabeleça metas realistas: Estabeleça metas realistas para perda de peso e trabalhe gradualmente para atingi-las.
  9. Acompanhe o seu peso regularmente: Monitore o seu peso regularmente e faça ajustes na sua dieta e atividade física, conforme necessário.
  10. Procure ajuda profissional: Se você está lutando para controlar o seu peso, procure ajuda de um médico, nutricionista ou profissional de saúde qualificado. Eles podem fornecer orientação e apoio para ajudá-lo a atingir seus objetivos de perda de peso.
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Perguntas frequentes

O que é obesidade infantil?

A obesidade infantil é uma condição em que uma criança apresenta um excesso de gordura corporal em relação ao seu peso e altura. Isso ocorre quando a criança consome mais calorias do que queima por meio da atividade física e do metabolismo basal. A obesidade infantil é um problema crescente em todo o mundo, e pode levar a uma série de problemas de saúde graves.

Qual o cid de obesidade?

A CID é a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, um sistema de classificação de doenças e condições de saúde desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A obesidade é classificada pela CID-10 como E66

O que é obesidade mórbida?

A obesidade mórbida é um grau extremo de obesidade, caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal que pode levar a uma série de problemas de saúde graves. A obesidade mórbida é definida por um índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 40 kg/m², ou um IMC igual ou superior a 35 kg/m² com pelo menos uma comorbidade grave associada, como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, apneia do sono, osteoartrite, entre outras.

Referências

https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/obesity-and-overweight
https://www.nhs.uk/conditions/obesity/
https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/obesity/symptoms-causes/syc-20375742

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